terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Os megálitos e a cultura pré-histórica

Notardes com facilidade que não estou no meu tema de trabalho e que , ainda que gosto de fazer um repasso ligeiro a trote de cabalo pola historia do val, o mundo antigo não é nem moito menos do meu interesse em especias, mas ala vamos, e ainda que não aprenderdes nada novo espero aclara-vos algum conceito que até o de agora tiverdes escuros.
Para começar esta andadura resulta de inevitável contato a leitura do pequeno manual do nosso mais insigne historiados e arqueólogo, por certo de Santa Cruz, “Antiguedades prehistóricas y celticas de Galicia”, inda que há uma recente reedição moi currinha e completa, até comentada para evitar-vos gastos inecessários de quartos deixo-vos um link onde poderdes ver a original on line,

sem gastos pela vossa parte, não devemos esquecer que inda que um dos primeiros trabalhos de arqueologia contemporânea, junto com os de Viceto e se se quer Murguia, não deixa de ser uma obrinha mas iluminada polas superstições e fantasia próprias de fins do XIX, plenamente românticas ainda que algo fora de data há que reconhecer, pouco pode aportar-nos como informação fiável sobre a realidade arqueológica do val.
Comecemos como o faria Villamil, pelas formações rupestres e a sua habitacionalidade, não faz falta que recordemos que o Valadouro não tem covas como tal, estamos sob um substrato eminentemente granítico, se se quer sedimentário só em escolhidas zoas e de curiosa origem ígnea, mas dificilmente erossionavel noutras. Este entorno deixa pouca possibilidade para as formação cársticas como sucede na corda em Mondonhedo, unicamente dispomos de abrigos, produto da erosão eólica e da chuva envida pelo vento, são abrigos de reduzido tamanho e nos que se soe encontrar a pouca distancia cultura material lítica, como núcleos de sílex, ônix ou seixo, lascas informes produto da talha e alguma pontinha de dardo ou roedeiras, buriles etc. Todo o que de momento saiu à lus leva-nos a perfiles superiores em datação absoluta não mais ala do magdalenense 150000 bp, ainda que intentarei aportar-lhes alguma fotografia sob o tema já lhes adianto que não é em absoluto campo no que me encontre a gosto. Desde estes primeiros restos dos homínidos adicados à casa e recoleição, justo bordeando a ultima Glaciação, debemos dar um pequeno salto até as primeiras representações horto estáticas já neolíticas ou em tudo caso eneolíticas nas nossas montanhas. Suponho que todos conhecerdes do anéis neolítico que podemos ver ás faldras do Penido Novo, já vos adianto que não vão atopar nenhum resto espetacular nem muito menos, apenas um murete de pedras naturais, de uns poucos metros de diâmetro, disposto em espiral, e com dois pequenos ortóstatos no centro. Para ser sinceros é a única representação sub o solo da que podemos estar certos e que podemos enquadrar num período tao remoto, os alineamentos do Sabucedo, parecem corresponder coa multitude de túmulos, violados e completos, que nesses pastos se podem ver mas quem sabe ?, quando crês que topaches um resto autêntico não é mas que um pedreiro de divisão medieval para o controlo das mudas do gando, sejam pois prudentes.
A passo de cabalo, algo mais nos queda que ver, em Santomé multitude de túmulos e cistas, alguns abertos e outros completos, o que mais sucesso conseguiu, sem limpar nem escavar conserva quase todos os seus horto statos, quando penetraram nem em busca de riquezas romperam uma das tapas laterais, polo que debe quedar tudo o corredor oculto e toda a coraza com os ex-votos que pudera acobilhar. Do famoso dolmem do que falamos (o do Padorno claro) não esperem grandes maravilhas, esta demasiado trilhado e mereceria uma limpeza integral antes de teorização nenhuma. As arcas de Sinas em Vilacampa, outras quantas ciscadas por tudo o concelho ata na Granda de Bacoi, ande ainda se pode ver o cono de violação duma primitiva arca eneolítica de câmara lígnea. Nos montes de Budián há uns suspeitosos anéis de horto statos de pequena altura que puderam bem levar a imaginal um cromlech, por muito menos o tenham feito bretões e britânicos (Castelao descia no seu libro de Cruces de pedra na Galiza que não é que não tenhamos menires é que temos tantas pedras chantadas que já não sabemos quem é quem, jeje) ponhamos pois estes círculos em duda de momento, sempre contando coa importante atividade ganadeira que se desenrolou durante a idade media e moderna nestes entornes e coa volta ás alturas do baixo império. Que dizer do prado das chantas ? Tendo em conta que me considero partícipe involuntário (então era um menino) da criação de tal monstro; de pre histórico nada, isso esta claro, alto medieval pode, haveria que escavar as granjas ou choços que conserva ao seu pê e no seu interior para comprovar se formam de ocupação eventual ou permanente, só quero recordar-vos a quem a vira a cabana na que vivia Rob Roy, o do filme, que dizer, um hutte de origem pre romana ou germânica, irlandesa quizas, as possibilidades são enormemente atrativas.
Com diferencia o mas importante monumento megalítico do que podemos estar orgulhosos é a stela menir chamada Cruz de pau d Velha. Dificilmente datável, pede que eneolítica ou do neolítico inicial, pero tao magnífica como única em tudo Galiza, pouco tratada e mais bem maltratada, queda aí o meu pranto à sua prol.

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