segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Os castros do Valadouro, seguindo o contorno. O Quadramom. Segunda parte

O coto do Formigueiro e o seu entorne de os Castros representa um exemplo particular na tipologia castreja galaica, não tanto pola sua disposição que encaixa bem com um encastramento feito em altura, senão pelo seu exíguo tamanho habitacional e a sua intencionada falta de aceso fácil. Precisamente debemos entender estes encastramentos, sempre à espera de melhores, ou neste casso alguma, escavações arqueológicas interpretativas, a função defensiva e guerreira de alguns núcleos populacionais do ferro inicial. Para pornos em situação convêm que conheçamos um bocadinho das duas correntes arqueológicas que hoje estão a primar na Europa, por uma banda a técnica da que somo expertos na península e por outra a interpretativa e antropológica mais de cote usada no radio de ação das ilhas Britânicas.
Provavelmente por mor da falta absoluta de coerência científica dos nossos trabalhos até os anos 90, tomamos como única direção até o momento um sistema de analise arqueológica a partir do método cientifico e da observação, conhecendo as provas mas evitando em geral o processo de interpretação das mesmas, parte imprescindível da lavoura de toupa. Começa-se pois com uma analise superficial do terreio, desde a toponímia até as formas e a visão aérea, para assim tentar localizar o espaço paleo habitado. Esta primeira parte conhecemo-la como arqueologia da paisagem e é de recurso obrigado antes de qualquer prosperação. A continuação e dependendo sempre do orçamento (geralmente escasso) toma-se a decisão de efetuar uma simples limpeza em superfície eliminando a maleza e ás vesses a primeira capa vegetal, ou acotar um punto para aplicar diferentes sistemas de prosperação, guiados pola sedimentação antrópica por capas ou extratos, documentando a cultura material que apares em cada um deles, e tomando como referencia para datá-los individualmente elementos denominados fossiles diretores, em geral as moedas ainda que a estas alturas deveríamos estar a trabalhar com muitos mais; quer dizer, puntos fitos na historia dos que não duvidamos à hora de plantear uma data mais ou menos serôdia. A analise por estratos ou paquetes é lenta e pouco operativa; finalmente se a escavação não dispor de fundos em abundancia, leva ao apressuramento e à perda de dados nos paquetes inferiores e de mais interesse. O processo destrutivo que com leva cada escavação (durante a mesma eliminam-se de cote estruturas mais modernas para poder aceder ás primitivas, perdendo completamente qualquer referencia destas primeiras) deve documentar-se minuciosamente para poder reconstruir à inversa o processo de descomposição do terreio. Finalmente catalogam-se os elementos de cultura material móvel obtidos, restauram se dentro do posivel para facilitar a sua identificação e consolidam-se as estruturas que se tenham exumado.
O problema deste método é que de cote o trabalho do arqueólogo remata aqui. E pouco comum que se realize um trabalho antropológico com os resultados obtidos, quer dizer, interpretativo, comparando estes com outros já analisados em diferentes partes do planeta, ou da mesma geografia galaica (ainda que estes estudos reflitam costumes ainda vivas ou em processo de extinção, o que lhe chamamos paleo etnografia ou paleo antropologia). Assim perdemos a oportunidade de comparar diferentes fontes para obter mais fosiles diretores, como a cerâmica ou o material de obra. Para ser exato a época mais cuidada dentro da arqueologia galaica que é sem duda a pre historia e o ferro inicial até a alta idade media, segue a usar como marcadores absolutos elementos de importação como a TSH, ou mesmo moedas, coa complexidade que estas com levam polas dudas que nos sugere o tempo de circulação da peça atopada (uma moeda não se perde justo quando se acunha, ainda que também pode ser assim, normalmente há um período de seguridade para datar um paquete com um numus, esse período varia dependendo da época do numus em questão, assim as moedas romanas tenham larga vida em época medieval, na mentres as medievais acostumam a ser de curta duração. Mas repito esta regula não se cumpre sempre, confunde-nos ademais com regularidade as inversoes estratigráficas, onde uma peça mas moderna pode caminhar vários estratos entorpecendo a sua datação) realmente a exígua quantidade atopada de moedas em qualquer cata, excepto alguns casos privilegiados, faria moito mais operativo o uso da cerâmica como fosil retor ou diretor, moito mas abundante e geralmente cambiante por períodos amplos de tempo.
No que respeita à arqueologia britânica, usam mas da interpretação dos achádegos que da sua localização, pode que devido à multitude de anos que levam a fazer prospecções científicas. Hoje em dia tense permitido, por por um exemplo, o uso afeiçoado de detectores de metais sempre que o amateur documente de maneira básica o lugar do achádego e entregue ao estado (com uma remuneração econômica claro) qualquer peça que poda ser considerada “tesouro”, quer dizer, de valor intrínseco polo metal no que este elaborada ou pola rareza da mesma. Com estes dados o entorno britânico volta-se moito mas operativo, pois, confiado o desportista amateur buscador de tesouros, não evita dar publicidade aos seus sucessos, e também aos seus fracassos, marcando-se assim um mapa arqueológico amplo até em zoas onde não se agardaba achado nenhum. Quando uma peça é aceptada como tesouro, esta require-se-lhe ao descobridor entregando-lhe a cambio uma quantidade de dinheiro justa, com os dados ofertados por este localiza-se a zoa de achádego, escava-se e protege-se, impedindo também o aceso a casa tesouros a ela

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