Quando pois podemos começar a atopar-nos com uma real distinção entre as duas vertentes do ouro, realmente funcionando este como limite natural de concelhos, até certo punto ?. Pode que a divisão entre o território de realengo e o eclesiástico do século XII fora a primeira mostra de inicio nos límites do Val, este documento que se conserva no tumbo de Lonrençana tentarei transcrevê-los no próximo apontamento que ofereça, dade-me tempo para buscá-lo. Sem embargo, se a memoria não me engana, de estos tempos em diante sempre se mantive uma marge clara entre as duas procedências sobre todo quando havia que apelidar uma pessoa, assim há Pero do Valedouro como coengo na catedral de Mondonhedo e Pero de Castro de Ouro. Igualmente se considera espaço único e independente o que dispunha o bispo no entorno do lugar da Casela, hoje seria tudo Alage boa parte de Santa Cruz agas o lugar de são Martinho da Veiga primitiva feligresia, e desde logo Ferreira. Nesta cerrume, por chamar-lhe de algum modo o poder temporal tinha sede religiosa numa pequena capela e civil representada por uma torre ou vara de cassa adossada à capela da que hoje só quedam muros e não muitos. Neste entorno, também denominado o Celeiro da Casela e próprio da renta do Comunete, uma das mas antigas da diocese, o controle territorial era total, em terra e gentes, um dia colgarei nesta página um documento de finais do XVI que tenho transcrito que mostra à perfeição o processo de colonato destes ermos durante as explosões populacionais ocorridas em diferentes etapas da idade media. Neste casso podemos falar quase que duma ocupação pacífica do terreio por parte duma família sem recursos, provavelmente de acordo co teedor do Celeiro da Casela e que remata co licencia expressa do bispo a traveso duma carta foral, é um documento mui interessante, ja o vereies. Cousa distinta sucede no castro de ouro, neste caso folga que me moleste em digerir-vos a documentação quando podeis aceder a ela vias da páxina PARES, ja durante o S. XVIII atopamos um pleito ganhado pela curia no que se denuncia a uma família que tinha aproveitado parte do espaço das cavaleirizas do primitivo castelo de Castro de Ouro, daquela já em ruínas para plantar nabos, não é conha, realmente chegam a ter que pagar com cadeia. Esta claro que não era a mesma estimação a que lhe tinha o bispo à torre do Castro que aos lugares do Valadouro, fora o Caleiro da Casela ou o Berdeal de são Martinho da Veiga. Qualquer destes últimos prontos para o aforamento e o colonato, ainda que para chegar a el mediaram causes pouco ortodoxos e o primeiro intocável protegido em tudo momento. Assim avia dous alcaldes maiores, um na torre fortaleza e outro em santa crus (Caamonde para ser exato) e com funções distintas, o primeiro controlava as irmandades do val e servia como intermediário para o reclusamento e a prisão de acusados mentres que o segundo apenas exercia funções locais. Castro de Ouro dispunha de procurador o Valadouro não, por não ter nem tinha núcleo defensível, Ferreira é uma entelequia tremendamente recente e unicamente se posse relacionar com uma capela, uma albergaria e um caminho, provavelmente o de Santiago. As principais figuras de nobreza e baixa nobreza assenta-se paulatinamente em torno ao castelo, como os Marqueses de San Joao de Carbalho em Carrocide, rizal privinte duma tardo nobreza fructo do comercio, os Basanta, os Mel, e um pequeno etc, de apelidos que em muitos casos perderam já a sua primitiva conotação nobre (Lanzós, Bolanho, Rivadeneira, Montenegro, em fim o próprio Castro, Pardo, Cela....) tudo ficava nos lindes das parroquias da atual Alfoz, O Valadouro dispunha apenas do paço de Gradailhe der longa estirpe, os lugares eclesiásticos de A Berdeal, Casa Telhada, a Santa, a Esqueira, todos eles mas relacionados co processo de re-colonização próprio do entorno do ano 1000 que do sentamento por via real de famílias de títulos obtidos em contenda. Seria de grande interesse analisar ata que ponto existia tal delimitação, ata que ponto a Cruz de Bao (Também chamada de Cachin) não foi no seu momento limite e padrão entre os domínios reais e os eclesiásticos, assim pois conviria saber o por que da ocupação de zoas tao altas e improdutivas em época alto medieval como o Sabucedo, ou o entorno do Padorno, o que parece dar uma sensação de fóxida cara espaços de menos controle, este é um tema que a arqueologia debe dirimir, igualmente devemos chegar a saber por que um mosteiro familiar da envergadura da Santa Filomena aparecia em um entorno tao agreste e do extra radio.
O certo é que precisamos unir-nos mas para consegui-lo primeiro conviria saber por que nos separaram realmente não inventar-nos historias recentes de fácil compressão mar falsas de todos modos. Sinto ter-vos deitado mas preguntas que soluções mas também é uma parte importante do investigador, saber formular as preguntas adequadas, não é ?